domingo, 3 de junho de 2012

Consumismo ou consumo?



Todo jovem busca liberdade. Busca estar inserido na sua comunidade, na escola, na universidade, nos lugares que sejam frequentados por outros jovens. Todos os seres humanos, independente da idade, buscam aprovação. Alguns por seus dons, outros por suas atitudes e muitos outros por aquilo que tem. A velha batalha entre o Ser e o possuir. 
Aquele que possui condições financeiras favoráveis desfruta sem dúvida nenhuma de certos privilégios. Seja na atenção das mulheres ou no “respeito” dos homens.

O status abre seus braços para receber quem pode comprá-lo.

Em praticamente todos os veículos de comunicação existem pessoas vendendo algum produto. Talvez a novela seja feita não para privilegiar os diálogos e a trama, mas para que nos intervalos os anunciantes possam moldar e vender suas mercadorias. É assim entre um bloco de músicas e outro nas rádios. E quantos Banners existem poluindo os sites e páginas na internet. Já reparou nos ônibus, nos muros, nos outdoors? Sempre tem alguém lhe oferecendo algo.
O mundo precisa ser consumido. O Consumo é um pilar da economia. Quando um povo está consumindo, as fábricas e indústrias estão produzindo, as lojas estão vendendo, há mais empregos e por consequência uma estabilidade maior no país.

Ter dinheiro significa ter acesso a algum bem material, mesmo que no futuro.

Mas qual é a diferença entre o consumo e o consumismo?

Como lidar com os superpoderes que o dinheiro traz?

Quando a necessidade de ter deixa de ser algo saudável e vira uma manifestação social doente?



Pergunte-se. Como você julga as pessoas com quem deseja estar. Pelo que elas possuem ou pelo que representam por suas ideias e atitudes?

Pelo que elas podem lhe oferecer materialmente ou por compartilhar de sentimentos em comum?

Perceba se não estas se tornando amigo(a) de um Iphone ou de um carro. De um vestido ou de uma noitada regada a espumantes e outros confortos.

Quem é que escolhestes para ter uma relação afetiva, um belo relógio ou um cérebro interessante?



Todos nós merecemos algum conforto. Queremos que nossa família desfrute do bem estar que uma boa renda possa oferecer. Não há mal nisso. O problema é quando o dinheiro passa a valer mais do que as pessoas. Quando determina o preço de sua dignidade ou mesmo quando tem mais valor do que o caráter.

Há quem faça qualquer coisa por dinheiro e também existe aquele que o dinheiro não compra. Existe?

Quanto você vale?

O que faria para ter um bom carro, boas roupas, uma televisão grande na sala e muitas notas para gastar?

Preste atenção na resposta que deu a si mesmo, não na qual responderia se estivesse em público.
Consumo é prazer.
“Mas vale amar o dinheiro pelo descanso que ele permite do que aquele que ele pode perder”

Você precisa saber o que de fato precisa, o que de sinceramente deseja, o que seja realmente necessário, incluindo alguns luxos e ter discernimento de que a escolha esta sendo feita por ti e não pelos departamentos de Marketing que estudam o funcionamento do desejo humano para que possam infiltra-los em ti.
O uso consciente do que se ganha com seu trabalho lhe trará a tão sonhada liberdade, ao contrário daquele que se torna escravo do dinheiro na ânsia de possuir tudo o que de novidade aparece. Os produtos são cada vez mais perecíveis, duram pouco para que possam logo serem substituídos.



Parece contraditório e hipócrita dizer que precisamos ter um pouco mais de bom senso com o que estamos consumindo, mas não quando se abre um armário e encontra-se cinquenta pares de sapatos, doze relógios, vinte e cinco calças. Ou quando a garagem já não comporta mais seus cinco carros. Talvez no momento em que você faça uma viagem e perca mais tempo enfurnado em lojas do que conhecendo a cultura e os lugares de um país ou cidade. Será que isso tudo é preciso ou já virou exagero?


Por fim é bom que saiba que o melhor dinheiro é aquele que ganhamos fazendo o que gostamos se possível for e não para atrair gente interessada apenas em desfrutar dele, mas acima de tudo para que possa ser útil em suas necessidades primordiais e no conforto de sua família.

Você quer ser admirado pelo que tem ou pelo que é?
Quer um homem ou uma mulher que ame a ti ou a sua conta bancaria?



Usar o dinheiro com responsabilidade é uma boa dica para que não falte quando mais precisar. Permita-se um eventual exagero mas jamais perca a noção entre o suficiente e a soberba.

Feliz é aquele que ama o que conquistou e sabe dar valor a isso sem precisar ostentar.

Quero ser lembrado pelo que fiz e não pelo que comprei.

E você????

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