segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

É cumpanheiro.


O mundo encaretou de vez.
A onda politicamente correta vai mascarando a hipocrisia como se fosse uma festa a fantasia. O acesso fácil a informação diluiu o conhecimento. É uma piscina olímpica porém rasa como uma banheira para bebês.  Uma geração criada por uma outra geração que foi criada para engolir sem mastigar. Recebemos uma herança de mingau. Colheradas na boca e tapinhas no bum-bum.

As redes sociais potencializaram o narcisismo exagerado. Tudo por seguidores, qualquer coisa para ostentar um grande número de “amigos”.  A matemática do reflexo na lama.
Opiniões calculadas. Assessoria para moldar imagem. Personal isso, personal aquilo. Vips, pulserinhas, áreas reservadas para a “nata”, Ações solidárias para um bom Marketing pessoal, a fama como objetivo em praticamente qualquer ambiente, seja para quem já a possui ou para quem a almeja. 

Medo. Muito medo de se falar o que pensa. De pensar e se aprofundar. Não vale a pena, em dois minutos o assunto já esta repleto de teias de aranha. Um mar de piadistas de plantão, fazendo gracinhas com todo e qualquer assunto. Se antes qualquer um era modelo ou ator, hoje qualquer um é DJ ou Stand Up Comed.  Pobre dos verdadeiros profissionais de todos esses ramos. Digo, dos que tem talento.

A arte não serve mais para quebrar paradigmas, serve apenas para mantê-los.
Ganhando-se bem, que mal tem?

Uma TV que cultua a infantilização dos jovens, com valores distorcidos, desejos estranhos, todos voltados para uma cultura individualista. Entretenimento para robôs.  Sem qualquer compromisso, apenas com o objetivo de concluir um curso qualquer e levar o canudo. Pais super-protetores. Que educam seus filhos atrás de grades, grudados em computadores ou fazendo maratonas em shoppings centers.

Aos mais pobres, o assistencialismo puro. Necessário em muitos casos, porém, puro. Sem muitas outras perspectivas. Muitos entregues ao próprio destino e seja o que Deus quiser. Pobre de Deus, responsável por tanta gente ao mesmo tempo. Gente que não quer assumir suas responsabilidades, a espera de um milagre.
A música pode salvar, o esporte talvez, o Tráfico também. Coletes salva-vidas arremessados num mar de bosta do cada um por si e Deus que dê seu jeito.
Conseguir outras oportunidades para quem não tem nenhuma é uma tarefa divina.

Uma geração que tem sua grande maioria formada por uma gente covarde, que nem sabe o que é covardia, tamanha falta de discernimento de suas obrigações. Políticas voltadas para o emburrecimento da população. Filmes que exaltam apenas a perpetuação de um romantismo falido.

Há que surgir um Transatlântico desgovernado que se choque nessa geleira e espatife toda esta crosta  para todos os lados. Faça um estrago, abra um rombo para que entre água e descongele a mente dessa gente acomodada.
A bendita água do despertar.

Que preguiça, dessa gente careta e covarde, como cantava Cazuza.

Onde está o outro lado?
A oposição a isso tudo?

Acho que vou dormir um pouco e sonhar que existe a chance de uma reviravolta.
Sonhar ainda é permitido. Talvez em breve eles consigam invadir e controlar nossos sonhos também.

Raul Cantou: “Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonhos que se sonha junto é realidade”

Renato Russo cantou: “Quero me encontrar mas não sei onde estou, vem comigo procurar algum lugar mais calmo, longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita, tenho quase certeza que eu não sou daqui”


Fazer tudo ao contrario do que é pregado hoje em dia, talvez seja a melhor forma de não compactuar com esse conformismo tolo e com essa postura “certinha” para vender Cosméticos e propagandas.

Ando tão confuso que é bem provável que nada disso faça sentido, que não seja para mim.

Mundo careta.

Ticoo!!!

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