segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Eis ai ECONOMIA.

Há duas visões fundamentais em relação à economia.  Uma é dominada pela filosofia econômica do século XIX, sob a influência dos economistas clássicos britânicos, como Adam Smith e David Ricardo.  A outra é dominada pela filosofia econômica do século XVII, sob a influência do Mercantilismo

A natureza do homem faz com que ele necessite de riqueza; seus critérios mais elementares o fazem desejar riqueza.  O problema, disseram esses economistas, é como produzir a riqueza.  A teoria econômica, portanto, dava como fato consumado o desejo de se consumir, e se concentrava em como desenvolver meios e maneiras de aumentar a produção.

 teoria econômica do século XX passou a ver a produção como um fato consumado, e se concentrou em como desenvolver meios e maneiras de aumentar o consumo.  Passou-se a acreditar que o problema da economia não é a produção de riqueza, mas sim a produção do consumo.

                                          CONSUMO  X  PRODUÇÃO
Essas duas premissas básicas — diametralmente opostas e mutuamente excludentes — acerca do problema fundamental da economia estão para a teoria econômica assim como as contradições da metafísica estão para a filosofia.  Ponto a ponto, ou elas resultam em conclusões opostas ou fazem com que raciocínios opostos cheguem à mesma conclusão. Elas determinam a teoria econômica.

Para o teórico consumista, a prosperidade depende da ausência de riqueza, e a pobreza é consequência de sua abundância; para ele, o desejo de se consumir — essa inestimável mercadoria, cuja oferta é mais limitada que a de diamantes — é algo produzido pela ausência de riqueza e consumido pela presença de riqueza.  É baseando-se nesse princípio que o consumista se delicia com guerras e destruição, pois as vê como fontes de prosperidade, ao passo que atribui a pobreza resultante das depressões à "produção exagerada". 

O producionista, obviamente, tem uma visão diferente,argumenta  se que o nascimento e a criação de filhos sempre constituem uma despesa para os pais.  Ao criarem seus filhos, os pais têm de gastar com eles um dinheiro que, de outra forma, teria sido gasto para proveito próprio.  É claro que os pais — ou, ao menos, é de se esperar — consideram que o dinheiro será mais bem e mais prazerosa-mente gasto com seus filhos; porém, ainda assim, trata-se de uma despesa.  E se eles tiverem uma quantidade alta o bastante de filhos, serão reduzidos à pobreza.

O valor do progresso tecnológico, afirma o producionista, consiste no fato de que ele nos permite obter uma maior oferta de bens de capital, e não que ele resolve o problema do que fazer com essa maior oferta.Para que continue havendo acumulação de capital, o progresso tecnológico é indispensável.  Apenas ele pode possibilitar contínuos aumentos na produção; e apenas contínuos aumentos na produção podem possibilitar uma contínua acumulação de capital.

A principal ,função de um economista é dizer aos governos o que eles não podem fazer

texto original,George Reisman,modificações Paulo Paiva.

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